Uma das queixas com relação à instalação do Ubuntu através do live-CD é que ele torna a instalação mais demorada, já que você precisa primeiro esperar pela inicialização do sistema para depois poder abrir o instalador e começar a instalação propriamente dita. A necessidade de carregar o desktop antes de abrir o instalador também faz com que o sistema consuma mais memória, o que dificulta a instalação em micros antigos.
Como uma forma de minimizar o problema, as versões recentes do Ubuntu passaram a oferecer uma opção de instalação na tela de boot, que faz com que o sistema abra o instalador logo depois de carregar o servidor X, sem carregar o Gnome e os outros componentes do desktop.
Outra opção, ainda mais minimalista é instalar usando o alternate CD (disponível no http://www.ubuntu.com/getubuntu/downloadmirrors#alternate), que bipassa a abertura da ambiente gráfico completamente, permitindo instalar o sistema diretamente em modo texto. Isso torna a instalação mais rápida e permite que você instale o sistema mesmo em micros com 128 MB de memória RAM, onde o instalador gráfico não abriria, ou onde a demora tornaria a operação inviável. Naturalmente, depois de instalado o sistema, você ainda precisará fazer um certo trabalho de personalização para melhorar o desempenho, mas, pelo menos o problema inicial é solucionado.
O alternate CD utiliza o mesmo instalador em modo texto que era usado nas primeiras versões do Ubuntu (que é, por sua vez, derivado do instalador do Debian). Apesar das diferenças na instalação, o resultado final é exatamente o mesmo do que você obteria ao instalar a versão desktop. Em outras palavras, o sistema é exatamente o mesmo, muda apenas o instalador.
O principal ponto fraco é o instalador pouco amigável. Para quem prefere uma opção mais intuitiva, o ideal é usar um live-CD com o Gparted (você pode usar o Gparted Live, disponível no http://gparted.sourceforge.net/download.php) para particionar o HD antes de começar. Basta seguir a receita básica de criar a partição para a instalação do sistema e uma partição menor para o swap.
O instalador é bastante simples e robusto, por isso os casos de problemas durante a instalação são raros. Mesmo assim, em alguns casos pode ser necessário desabilitar o ACPI ou APCI ou solucionar outros pepinos manualmente através de opções de boot. Você pode ver as opções disponíveis pressionando as teclas F5, F6 e F7.
Para desabilitar o APIC, por exemplo, use a opção "linux noapic". Na verdade, o instalador não roda em texto puro, ela usa frame buffer. Em algumas poucas situações, a placa de vídeo pode não ser compatível com o modo usado, neste caso experimente a opção "linux vga=771", que usa 800x600 com 256 cores, um modo compatível com praticamente todas as placas.
Pressionando a tecla F4, você tem acesso a um menu adicional, que inclui a opção de fazer uma instalação em linha de comando, o que resulta em uma versão minimalista do sistema, sem o X, o Gnome, ou qualquer outro componente gráfico.
Como pode imaginar, ela faz uma instalação minimalista do sistema, destinada ao uso em servidores (você pode ver alguns exemplos de configuração de servidores de rede local no capítulo 6 do Redes, Guia Prático, http://gdhpress.com.br/redes/), mas pode ser útil também como uma forma de criar uma instalação minimalista do sistema, que você pode montar manualmente, instalando o X e todos os pacotes desejados via apt-get. A vantagem dessa abordagem é que você pode instalar apenas o que realmente precisar.
A instalação em linha de comando pode ser feita em máquinas com apenas 32 MB de RAM, o que a torna uma boa opção também para reaproveitar micros antigos.
Nas versões recentes do Ubuntu está disponível também a opção "Instalar um servidor LTSP". Ela é uma contribuição da equipe do Edubuntu (uma versão do Ubuntu destinada ao uso em escolas) que instala um servidor de terminais, criando uma configuração básica do LTSP 5. Como pode imaginar, ela é uma boa opção para reaproveitar máquinas antigas, utilizando-as como terminais. No LTSP, o servidor realiza todo o processamento e os terminais exibem apenas as imagens na tela, o que permite utilizar até mesmo micros com processadores Pentium 1 e 32 MB de RAM. Um servidor com um processador dual-core e 2 GB de RAM pode atender a 20 terminais, ou mais.
Assim como na versão regular do Ubuntu, a linguagem e o layout do teclado são definidos logo na tela inicial e são apenas confirmados pelo instalador. A instalação propriamente dita começa com a configuração da rede. Toda a instalação é feia em modo texto, usando uma variação do instalador do Debian. Use as setas e a tecla TAB para navegar entre as opções, Espaço para selecionar e Enter para confirmar.
Apesar de oferecer suporte a muitas linguagens diferentes, o Ubuntu inclui um número relativamente pequeno de pacotes de internacionalização nos CDs de instalação, que não inclui o suporte a português do Brasil. Para instalar na nossa língua, o instalador se oferece para baixar os pacotes necessários via internet no final da instalação.
Para que isso funcione, o instalador detecta a placa de rede e em seguida tenta configurar a rede via DHCP. Você pode também configurar os endereços manualmente, mas o instalador não possui suporte a conexões via modem, ADSL com autenticação, nem à maioria das placas wireless. Só é possível baixar os pacotes durante a instalação se você estiver usando uma conexão de rede local, compartilhada no modem ADSL, ou num outro micro da rede.
O próximo passo é o particionamento, que é feito usando uma versão em modo texto do Partman, o mesmo particionador usado pela versão Live-CD. A principal diferença são as opções para usar LVM e usar LVM criptografado:
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